sábado, 24 de outubro de 2009

Poema: Do outro lado

Não sinto sua mão em meus cabelos
Não consigo mais ver o céu
Não estou sentido dor alguma
Acho que eu estou morto
Mas eu já estava morto por dentro
Estava muito morto para morrer

Uma voz me chama calmamente
As mão frias da morte tocam meu rosto
E um calafrio percorre minha espinha
Ela me olha nos olhos e sorri
Os lábios dela tocam os meus
E eu sinto minha vida se acabar

Ela me leva para um deserto de gelo
E o vento gelado esfria a minha pele
E não existe lugar para eu me proteger
O silêncio é absoluto e infinito
O Sol brilha vergonhosamente sem cor
E sua luz não consegue passar pela névoa

Eu mal consigo respirar
E cada passo é torturante é doloroso
Como um golpe de machado
As lembranças me atormentam
E eu sei que a cada passo que eu dou
Fico um pouco mais longe de você

Nenhum comentário:

Postar um comentário