segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ícaro?

O triste céu cinzento chora sobre mim
O palhaço não mais ri, eu nunca mais me vi
O silêncio já não grita, a tormenta teve fim
As cicatrizes ficam, mas os motivos já não existem
O espelho não voltou a julgar, as coisas não saem do lugar
As palavras agora são mais belas, e os sonhos em voar insistem
As asas não se cansam, indo cada vez mais alto, sem temor
O medo não me acorrentou outra vez, como muitas vezes já o fez
Porém quando se voa acima das nuvens o próprio Sol o limite têm de impor
Derretendo a cera que une minhas penas, me fazendo cair em um monólogo de dor

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