domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fantasias da lua

Êxtase espacial sentido na nebulosa de andrômeda,
Sentidos caindo em um poço azul escuro, psicodélico
A mãe Terra te quer de volta, loucura efêmera
Volte e a abrace, abrace a prima vera, o verão homérico

Ecos do fundo do oceano, imagens da imensidão do céu
Alucinações das profundezas da mente, sensações
Delírios transcendentais, a resposta atrás do véu
Orgias celestiais, ápice de prazer nas constelações

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O antiquário

Eis que um jovem entra em um pequeno antiquário nos subúrbios de londres, o pequeno sino que soou quando abriu a porta o deixou um tanto inquieto. Uma vitrola arranhava um velho vinil, fazendo uns ruidos e, hora ou outra, tocando trechos de músicas estranhas a seus ouvidos franceses. Debruçou-se sobre o balcão e olhou em volta, um relógio cuco pendia num canto, seus ponteiros estavam parados, mas o tic tac continuava, como se o pequeno pássaro de madeira ainda tivesse esperanças de saltar de dentro do velho relógio em forma de casa... A raposa empalhada parecia fitá-lo, preparando em seu íntimo um ataque sorrateiro conta o visitante. Ele estava inquieto e encomodado com o clima pesado do local, então, no ápice de seus calafrios, a porta detrás do balcão abre-se de sopetão, e um velho senhor sorri e acena para ele, logo depois se sentando em sua cadeira de balanço. Em seus braços destacavam-se algumas queimaduras, aparentemente de cigarros, e seus olhos entreabertos olhavam esperançosamente para o possível cliente.

-Você poderia me dizer onde fica a rua Piccadilly, monsieur?

O velho homem levantou-se, se apoiando na velha bengala, e deu um tapa de leve na vitrola, que tocou o seguinte trecho de uma canção: "Witness the man who raves at the wall making the shape of his questions to Heaven"

Com isso o cuco saltou do relógio e caiu em cima do balcão.

-Acho que você está atrasado.- Disse o velho.

O homem saiu o mais rápido que pôde de tal lugar, e jura que ao abrir a porta pra sair não ouviu sino algum, mas não teve coragem de voltar seus olhos ao lugar do qual acabara de sair.

winter

When the sun is far away from the Earth and it doesn't heat up her with his candescent passion
The cruel winter embraces her, and digs his cold claws in her heart
And everyone run to hide of the winter, they hide them selves at their red casinos
With fear of seeing the merciless face of the winter, with fear of hearing his scream

The cold wind still singing the winter's song, wich brings the deep suffering to me
Oh, winter, if you know what is pain, if you ever know what is feel the death breath
If you still being a son of mother nature, let me live, please, go away

Just let this fire being live, to heat me, to make me feel alive, oh winter
C'mon, honey, sit next to me, next to the flames, let's wait this cold winter end...
Wait this cold winter end...