segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

só uma

Acorde cedo, para ver o sol nascer, para beijar sua mulher
Para pegar as rosas com orvalho escorrendo pelas pétalas
Para ver os pássaros cantando canções desconhecidas
Aproveite o momento, ele disse, então siga suas sábias palavras

Outro abraço, algum outro beijo, um raio de sol no rosto
O vento na face, a despedida melancólica, o céu azul
Azul e rasgado por nuvens suaves, cortado por pássaros
Ouça o som do riacho, e lembre-se: a vida é bela

Corra descalço e sinta a grama macia em teus pés
As gotas de chuva escorrendo pelo teu rosto
Os trovões iluminando a clareira, o caminho
Ouça a música, e aproveite o momento, a vida;

Pois ela é só uma.

Talvez

Não posso esperar pelo Sol, tenho que ir agora
Não posso esperar a luz, tenho que me levantar
Me ajude a levantar pela ultima vez, carruagem
celestial, me leve até o porto, pois preciso zarpar

Preciso de um lugar silencioso, para pensar
Preciso me isolar, para procurar a paz, talvez
Ou então, te encontrar, ou quem sabe me apaixonar
Todos tiveram seu momento, agora quero minha lucidez

O choro gritado que me atormenta não para, não cessa
E minha mente grita como um condenado à morte
As portas da percepção estão se fechando, distantes
Mas não posso esperar pelo Sol, tenho que ser forte

Anjo caido

Deitado no gramado, numa noite sem luar
Os fantasmas não me atormentam mais
Corvos continurão me amaldiçoando
E os abutres continuaram zombando

Acompanhado pela lua, seguido por sombras
O fogo se inicia nos meus passos
E impérios caem um a um à minha frente
Pois sou o anjo que caiu

Não me importo com o apocalipse
Simplesmente caminho, estrada para lugar algum
Guiado somento pelo meu instinto
E fortalecido pela dor de estar longe de casa

Continue

A lua está atrás de um véu de névoa
Iluminando as mentes ofuscadas pela glória
Brilhando com uma luz tão moribunta
Fechando as portas dessa efadonha estória

A borboleta de plástico que voou janela afora
Levava consigo meus anseios, minhas dúvidas
Espero que ela volte com respostas e agrados
Pois ela levou em suas asas a esperança vivida

Os olhos cansados espreitam pela janela
As árvores sem flores, sem pássaros, mortas
Pensando em sua história e seu trajeto
Que como a árvore, estava retorcida, torta

Abaixe-se e pegue os pedaços de teu orgulho
Coloque-os juntos, pela ultima vez, e se levante
Agora use tua intuição e caminhe no escuro
O grande perigo que te espera agora é relevante

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sonho de uma realidade imaginada

Não sei se foi o café que estava fraco, ou se foi a chuva que caia la fora,
Mas eu adormeci e sonho nenhum eu sonhei, mas acordei num lugar sonhado.
O lugar onde dois copos de bom whisky alegravam um coração, e ninguem reparava na poeira da estante,
Ninguem olhava por cima do ombro quando andava numa rua escura, e nem atravessava a rua com medo de ser assaltado
Todos olhavam o céu para ver seu azul límpido, e não com medo de que os anjos desçam a terra e leve os pecadores
Mas a realidade é austera, não me deixa sonhar, me trazendo a tona com suas garras frias
E percebo que estava mesmo sonhando, debruçado em minha mesa.

domingo, 17 de janeiro de 2010

.

Quando o meu caminho está escuro
O brilho em teus olhos ilumina-o para mim
E quando estou triste e sozinho
Me lembro do seu abraço e fico feliz enfim

Quando você sorri para mim
Um feixe de luz ilumina meu coração
Até parece que crio asas
Pois sinto que perco o chão

E estes são os versos de um poeta
As letras tremidas de um apaixonado
O sonho distante de um sonhador
Que deseja estar ao teu lado

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

cruel

como escapei do teu olhar?
olhos cheios de lágrimas, escondidos na chuva
olhar severo porém sincero, verdadeiro
teu olhar apaixonado, lágrimas no teu rosto delicado

também vi olhos moribundos
tão sombrios, tão pesados
olhando para o vazio
esperando a morte bater à porta

oh melancólica despedida
malefício que se esconde em minha mente
ai de meu coração malfadado!

cruel é este destino
que assola minh'alma
e me faz um monólogo de dor