segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Poema: O Bardo

Só uma canção flutua em minha mente
E é aquela que eu canto em teus sonhos
Pois não posso cantar olhando em teus olhos
Ja que caminho longe de nossa morada
Eu já consigo ouvir o mal acordar
Posso ouvir ele me chamar
A tempestade anuncia o meu adeus
Um adeus sem um ultimo beijo
Me perdoe, mas este é o meu destino

Em um navio de velas negras eu viajo
Por entre tempestades e tormentas
Enfrentamos bestas marinhas tão grandes quanto montanhas
As espadas dos guerreiros brilham ao som da minha harpa
E facilmente passamos por entre a serpente demoníaca
Por entre a névoa densa eu vejo a terra firme se aproximando
Desembarco numa floresta negra e misteriosa
Da qual se consegue ouvir os sussurros do inferno

A lua mal consegue iluminar o estreito caminho
Olhos me fitam intensamente, me fazendo ficar tonto
O caminho fica cada vez mais difícil
E a chuva torna a caminhada mais extenuante
Eu estou tão distante, e tão sozinho
Eu preciso ver teu rosto para ter forças de continuar
Vejo uma luz distante, quase apagada
Pode ser fruto da minha imaginação ou uma provável salvação

Não era uma luz qualquer, era o espirito ferido da lua
Com uma lança cravada no peito e um ultimo suspiro para dar
Ele me olhou com seus olhos penetrantes e falou:
"Bardo, antes de morrer quero ouvir uma ultima canção
Faça real o ultimo desejo de quem o seu caminho iluminou"
Tocando com delicadeza as cordas da harpa uma linda canção eu cantei
O espirito se desfez em luz e deixou um presente para mim
Uma hapa prateada em forma de lua minguante
A harpa encantada que me dá proteção e inspiração
A harpa encantada que vai me levar de volta a você

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